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sexta-feira, 14 de maio de 2010

MERCEDES,
Você é do TIPO que eu gosto,
Quando você PASSAT, eu PALIO para te ver.
Estas flores que eu comprei são PARATI.
MERCEDES BENZ, sua beleza FUSCA meus olhos.
Nós somos UNO só.
KA entre nós, que tal sairmos pela STRADA
Que vai para BRASÍLIA,
Fazer uma VOYAGE para IPANEMA,
Pegar uma HONDA
Ou viajar para qualquer outro lugar do MONDEO,
Ou quem sabe um jogo de GOLF ou uma grande FIESTA?
Fazendo isso, marcarei um GOL para o nosso amor.
AUDI você esteve? DODGE você foi?
KADET você?
Ah! Se MITSUBISHI
Como um pequeno TEMPRA sem você é uma eternidade...
Você é meu ASTRA de maior grandeza.
Nosso amor parece uma SIENA de novela.
Às vezes você fica BRAVA comigo,
Mas S10 para você jantar comigo hoje?
Você iria com seu BLAZER cinza e depois iríamos dormir num hotel CLASSE A.
Já pedi a Santo Antônio, São Paulo e até SANTANA para você voltar para mim.
Seu perfume é tão bom que CHEROKEE onde eu estou.
OGGI, CHEVY sorrindo para mim, COURIER para te ver e fiquei BESTA com sua beleza.
Nosso amor é tão FORD,
Por isso eu só fico ao seu LADA.

Conta comigo



Jeferson estava sentado em um banco da estação de metrô contemplando o vazio. Em um daqueles momentos em que se desliga totalmente do mundo sem se saber o porquê. Eram 17h15min, a estação estava lotada, o metrô estava atrasado em 10 minutos e as pessoas não paravam de reclamar. Mesmo assim ele não percebia o que acontecia a sua volta.
Ninguém sabia o que se passava na cabeça de Jeferson naquele momento. Somente Talita, sua prima mais velha a quem Jef confiava quase todos os seus segredos. Quase todos…
O rapaz estava atordoado. Terminara o ensino médio há três anos e não se cansava de afirmar que fora o ano mais marcante de sua vida: a sensação de liberdade, pois estudava longe de casa e tinha o contato com pessoas novas todos os dias, fora o contato com os amigos, que sentiam prazer em “dar rolé de busão” depois da aula só para ficarem mais tempo juntos; os professores fascinantes, fontes inesgotáveis de sabedoria; os intervalos, momento mais esperado do dia: rodinha de violão e a galera cantando desafinada. Ele conquistava as garotas com sua inteligência e educação.
Talita era apaixonada por Lucas, um garoto da sua sala, e na tentativa de ajudá-la, Jeferson acabou fazendo amizade com Lucas. Os três viraram amigos inseparáveis. Descobriram que moravam perto e começaram a perceber que tinham muita coisa em comum. Lucas então nomeou Jeferson como seu conselheiro sentimental e eles passavam horas a fio conversando sobre suas desilusões. E enfim Jef podia falar de um assunto que Talita não compreenderia, o coração e suas dores.
O tempo passou, Talita se casou, Lucas começou a namorar e os encontros entre amigos se tornaram cada vez mais escassos, até não se falarem mais.
Hoje ele estava ali, desempregado há dois meses, amargando a falta da avó que falecera no mês passado, sentindo falta dos tempos de colégio e sofrendo por achar que iria ficar solteiro pelo resto da vida.
O celular começa a tocar, mas ele tinha decidido que não falaria com ninguém hoje. Aquelas chamadas insistentes começaram a irritá-lo, porém ele nem se deu ao trabalho de tirá-lo do bolso para ver quem era. Quando o telefone finalmente silencia, chega uma mensagem, ele lê por curiosidade:

Lute diante das coisas + difíceis d sua vida sabendo q Deus está contigo! E o q ele achar ser o melhor pra vc vai acontecer. Ei cara, ta sumido! O q anda fazendo? Ñ sei pq mas hoje deu uma vontade de ligar pra vc. Ta tudo bem? Da noticias… me liga hj a noite pra gente conversar.

É, amigos verdadeiros são avisados quando os outros mais precisam, e aqueles que se consideram irmãos sempre voltam um dia para ficar.

terça-feira, 11 de maio de 2010

4x4



Caminhavam como loucos em algum lugar da cidade. Já passava de meia-noite e a rua estava totalmente deserta. Quem os visse pensaria que eles estavam bêbados, mas não, eles eram velhos amigos… Há quanto tempo eles se conheciam mesmo? – foi a pergunta que surgiu naquele momento.
Rasgavam a noite cidade afora, não sabiam das horas nem onde estavam, mas isso pouco importava, porque o que interessava naquele momento era a celebração da amizade. Quatro amigos inseparáveis, unidos pelos mesmos
gostos e idéias.
Lunáticos, a melhor palavra para defini-los naquele momento. Havia acontecido um dilúvio na cidade aquele dia, mas a lua nova estava no céu. Poderia ser indicio de algo, mas não era necessário nada para explicar suas atitudes, afinal de contas aquela amizade já havia começado de uma forma bem anormal.
Falaram aquela noite sobre os mais diversos assuntos, passando pelos territórios da literatura, da religião, do cinema, dos quadrinhos, do esporte e até da filosofia. E descobriram que tinham mais coisas em comum do que imaginavam. Estavam felizes, passaram quase seis horas conversando sem parar, mas algo os incomodava, aquela pergunta martelava em suas cabeças: “quando e como eles haviam se conhecido?”.
Parece que eles não tinham resposta para essa pergunta, apesar de saber discursar sobre os mais diversos temas. Uma pergunta que daria início a muitas outras. Já tinham se cruzado várias vezes em lugares nunca imaginados, mas jamais haviam sequer conversado.
Eis que se iniciava uma nova jornada.